terça-feira, 28 de setembro de 2010

COMO ACEITAR?

(Escrita em 15/11/2009 - Datas nos remetem a momentos que, por sua vez, nos remetem a pessoas)

E quem me ajudará a aceitar que de fato é assim? Não há mais fantasias capazes de suprir a ausência da realidade. O calor de alegria imensa que chegava a me arrancar o ar durante a noite quando as esperanças se renovavam, não mais existirá. Resta-me assumir a veracidade das provas e não mais contestá-las, pois tudo indica para apenas uma direção a qual já não posso ignorar, por mais que eu queira.
Alguns dizem que regras de comportamento são um método duvidoso para tentar prever as atitudes de outra pessoa, mas são tão poucas as chances de que este seja um caso excepcional em que tudo foge a regra e contraria os métodos, que decido me dar por vencida. Também está na hora de perceber que não sou diferente de ninguém e que, infalivelmente, eu sofreria os mesmos males que assolam qualquer humano comum, dotado de emoções. Desejo apenas que, assim como todos, eu me reconstitua após a queda e volte a ser quem eu era, pois minhas forças parecem ter sido sugadas ao mesmo tempo em que o ego alheio se engrandeceu.
Anseio agora pela mesma dor que tenho evitado sentir há tanto tempo. Experimentei-a com doses controladas, mas, a cada vez que os vestígios de um sofrimento vindouro se aproximavam, eu buscava me encher de esperança a fim de pôr fim a possível lamentação.
Quero que esta dor venha de uma vez só e me arranque lágrimas. Não posso tolerar vê-la crescer a cada dia e depois ser interrompida apenas para, logo em seguida, ser renovada. Preciso que meu orgulho se quebre, seja verdadeiramente desafiado para, só assim, regenerar-se.

CARTA DE DESPEDIDA


Escrita em 22/11/2008

Caro senhor "eu-não-sei- o- que- quero- da- minha -vida",

Decidi neste instante retirá-lo por completo da minha mente. Pensei tê-lo feito diversas vezes antes, mas percebo agora que grandes rupturas só podem ser feitas através de mudanças concretas.
Não quero mais esperar por respostas para as dúvidas infinitas que sua volubilidade me deixou. Já não me importa se algum dia representei algo em sua vida, posto que agora não faço mais parte dela.
Pararei de fingir que preciso da sua amizade como se me fosse indiferente o fato de que já não me vê como mulher. Da mesma forma não farei esforço para disfarçar o constrangimento que sua presença me causa, pois cada tentativa estúpida de parecer tê-lo esquecido só me faz lembrar do quanto quis estar com você, mesmo consciente de que somos horríveis um para o outro.
Deixarei de lado esta obsessão de buscar explicações para a sua inquietude, a fim de acusar a sua personalidade confusa como única responsável pelo fracasso da nossa relação. Como poderei resolver os seus problemas, quando estou tão ocupada em solucionar este meu grande problema no qual você se tornou?
Acima de tudo estou farta de criticá-lo ou de tentar compreendê-lo, pois, definitivamente, não sei se algum dia o conheci de verdade e um estranho não pode ser causa de coisa alguma em minha vida. Todos os meus sorrisos ou soluços daqui em diante não pertencem mais a você!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

MANDANDO TUDO A MERDA

Peço desculpas as pessoas que seguem este blog e buscam encontrar nele palavras de motivação, mas, neste momento, vou usá-lo em sua função de diário pessoal. Fiquem a vontade para ignorar este post:

Quero que vá a merda essa droga de sociedade que impõe a maneira como as pessoas devem agir, pensar e falar. Por que as pessoas extrovertidas devem, necessariamente, obter maior sucesso profissional e em sua vida pessoal? Eu não tenho direito de guardar para mim meus pensamentos, de não sair berrando pela rua um monte de besteiras, nem ficar gargalhando feito uma louca? Sou obrigada, por acaso, a encher a cara de vodka, ir a todas as baladas e beijar um monte de caras? Sou inferior a alguém por gostar muito mais da companhia de um bom livro do que de estar em meio a pessoas afetadas?
Quero que vá a merda essas exigências ridículas de como TENHO que ser! Eu sou como eu quero e você me aceite se quiser! Se eu mudar vai ser por minha escolha e em busca de algo melhor, mas não me envergonho da minha essência. Descobri que, muitas vezes, o que uns e outros menos gostam em mim é exatamente o que eu tenho de melhor. Ah! Dá um tempo!
Eu vou sorrir se eu estiver a fim, dançar se a música for do meu gosto e falar só se for da minha vontade. Se eu quiser passar três dias sem abrir a boca, você pode ter certeza que vou fazer isso, porque de mim cuido eu! Vai ser muito mais difícil gostar de mim se eu não for uma extensão de você, mas, se eu conseguir conquistar sua simpatia sendo como sou, meu mérito será muito maior.
Não concordo com o ditado popular: "Se conselho fosse bom era vendido". Se conselho fosse ruim ninguém pedia! Aceito opinião dos meus amigos, bons conselhos e críticas construtivas, mas não admito mais qualquer tipo de opinião preconceituosa, rótulo ou exigência.

O CAMINHO PARA IR À MERDA É TÃO FÁCIL E RÁPIDO... MUITAS PESSOAS DEVIAM EXPERIMENTAR IR ATÉ LÁ DE VEZ EM (SEMPRE) QUANDO .

Obrigada.

"Minha felicidade sou eu, não você.
Não só porque você pode ser temporário, mas também porque você quer que eu seja o que não sou.
Não posso ser feliz quando mudo só para satisfazer o seu egoísmo.
Nem posso me sentir contente quando você me critica por não ter seus pensamentos.
Ou por ver como você vê.
Você me chama de rebelde. No entanto, cada vez que rejeitei suas crenças você se rebelou contra as minhas.
Não procuro moldar sua mente.
Sei que você está se esforçando muito para ser só você.
E não posso permitir que me diga o que ser... pois estou me concentrando em ser eu.
Você disse que eu era transparente e fácil de esquecer.
Mas, então, por que tentou usar a minha vida para provar a si mesmo o que você é ?"

(Michelle - Não sou nem sacrilégio nem privilégio. Posso não ser competente, nem excelente, mas sou presente)

Obs.: Queria eu ter escrito este texto

domingo, 26 de setembro de 2010

A SUA ESPERA

Você não está aqui, está?

Se estivesse eu acho que saberia.

Teria sentido o seu cheiro e reconhecido os seus passos.

Se bem que... Por várias vezes me enganei pensando ter te encontrado, então não posso dizer com certeza se o reconheceria de fato.

Busquei um pouco de você em todos os que conheci e alguns deles roubaram fragmentos de mim, mas meu coração permaneceu intacto.

Sabe... A cada dia sinto mais vergonha de assumir que sou romântica, pois acho que nesse mundo frívolo não há espaço para pessoas como eu.

Assumo que já fui tentada a beijar por diversão e disse “eu te amo” dezenas de vezes sem me dar conta do compromisso que tinha nas mãos.

Mesmo sem querer, sinto que parte de minhas esperanças estão sendo apagadas, pois antes eu fechava os olhos e conseguia enxergá-lo. Agora, no entanto, eu me esqueci de como você é.

As pessoas me perguntam por quem tenho esperado e falam que isto é besteira, que você não existe, mas, se você não é real, por que consigo senti-lo dentro de mim? Por que a cada dia pressinto a aproximação desta promessa divina?

Você não está aqui, está? Se estiver ou quando chegar, por favor, avise-me.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ESQUECENDO


Procurei você dentro de mim e encontrei um vazio naquele espaço que antes era seu...

Não foi por acaso que dei a este post o título de “Esquecendo”, pois o gerúndio indica que algo aconteceu no passado e continua a ocorrer no presente. Aulas de Português a parte, quero lhes dizer que, em meu ponto de vista, esquecer alguém é um processo (por vezes muito demorado) e que passa por várias fases.

Desejo a todas vocês que já sofreram por outra pessoa a sensação única de olharem para ela e enxergarem-na em preto e branco (no sentido literal). Quando você se recorda de algo, geralmente, as lembranças não surgem em tons acinzentados? Pois é assim que acontece no instante em que vemos aquela pessoinha e percebemos que tudo o que nos resta agora são recordações. Se vocês se abraçarem, já não conseguirá senti-lo, se você olhá-lo nos olhos, deixará de se procurar dentro deles e quando o vir indo embora acompanhado por outra, não desejará mais ser ela. Apenas sorrirá e dirá a si:

- Veja só... Desta vez ele não levou consigo algo que me pertencia. Permaneço tão inteira quanto antes.

Devo lhe dizer que é assustador consultar seu coração e se dar conta de que existe um oco no mesmo lugar que durante dias, meses ou anos foi ocupado por apenas um nome. Estranhamente sentiremos falta dele por mais que este nome se refira a pior coisa que já aconteceu na nossa vida e nos faça lembrar de todas as loucuras que cometemos para mantê-lo conosco (mesmo que nunca o tenhamos possuído de fato). As saudades surgirão apesar dos pesares, porque, de alguma forma, sentíamo-nos sempre acompanhadas e de repente, um pedaço nosso foi removido sabe Deus para onde.

A primeira fase do ESQUECENDO é quando dizemos que queremos esquecer, mas sabemos que, lá no fundo, há uma parte que deseja ficar apegada ao passado.

- Não quero mais ouvir aquele nome, não quero encontrá-lo nem vê-lo mesmo de longe... Mas ele ainda vai sentir a minha falta!

Assuma agora o quanto quis fazer essa pessoa sofrer por sua causa da mesma forma que sofreu por ela. Conte-me os planos que fez de passar diante dele abraçadinha com outro sem se dar conta de que NADA vai fazê-lo querer você. Talvez ele até sinta uma ponta de ciúme, porque perdeu uma súdita fiel, mas isto não o fará amar você.

Vou te falar uma coisa triste e peço que me perdoe, mas, quando você está em sua cama tentando se obrigar a esquecer daquele rosto e chamando a si de idiota... Ali só estão você e Deus. Quando você grita: “eu vou te esquecer”, como se o dono de seus pensamentos pudesse ouvir e como se o fato de ser esquecido consistisse em um castigo, ele não está te ouvindo e, caso estivesse, provavelmente não se importaria.

Apesar de eu ser católica praticante, encontrei uma frase de Buda que confirma minha teoria de que a esperança é o que nos impede de esquecer:

Se não tivermos esperanças, temos todas as coisas”. – Foi o que Buda disse.

Quando você se der conta de que o esquecimento vem ao seu tempo, estará dando o primeiro passo para deixar finalmente para trás aquela paixão, pois o tentar esquecer é também uma forma de lembrar.

Quando você comprar roupas novas, sair com os amigos, sentir vontade de encontrar outra pessoa e se der conta de que está fazendo isso por você e SÓ POR VOCÊ, estará se deixando esquecer. O desejo de magoar quem nos magoou ou a necessidade de provarmos que estamos bem ocorre em função de ainda querermos atingir esse alguém, pois, se não o vencemos com nosso amor, acreditamos poder derrubá-lo com nossa vingança.

Quando você encontrá-lo por aí, perceber que ele ainda causa um leve tremor na sua espinha, mas não acusar a si mesma por este sinal de fraqueza... Estará a um passo de esquecer, pois terá concluído que o fato de não gostar mais de uma determinada pessoa, não significa que precisará apagar por completo a imagem e as sensações causadas por alguém que foi importante para você.

Então, sem que você soubesse, eu estava dizendo:

- Adeus!

ps.: Busquem na net um texto chamado "Receita para esquecer um grande amor"...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ANTÔNIMOS


- É ela!

- É ele!

Pensaram mutuamente quando no meio do caminho se encontraram

E, apesar do pensamento recíproco, um ao outro nada disseram.

Ele lançou um olhar furtivo,

Ela sorriu timidamente.

Em seguida... Em seguida apenas caminharam.

Havia naquele olhar um não sei quê de ceticismo.

Havia naqueles lábios a confissão de crenças pueris.

Tão ele,

Tão ela,

Tão distantes.

Distância de passos.

Ausência de olhares que ousassem se confrontar,

De sorrisos corajosos para sorrir

E de uma voz que apenas indagasse:

- Quem é você?

Nós humanos criamos tantos abismos entre nós... Por quê?

Somos obrigados a manter nossa marcha constante?

Melhor me parece pararmos por alguns segundos.

Respiramos, enxergamos o outro e então prosseguimos,

Mas já não estaremos sozinhos.

Talvez existam poesias que se completam.

Talvez possamos n’algum dia buscar nosso reflexo em uma vidraça

E encontrarmos outra imagem ao lado da nossa.

Pouca importa se aquela poesia tem versos livres,

Enquanto eu amo a rima e a métrica.

Pouca importa se aquela imagem é côncava

Enquanto eu sou desde sempre convexa.

São os sinônimos que dão sentido as antíteses

- É ele!

- É ela!

Antônimos...

sábado, 18 de setembro de 2010

O NOSSO MAIOR VÍCIO: O OUTRO


Olá.. este é um trecho do meu livro a "Última Estrela", o qual pretendo publicar até o final desse ano se Deus assim quiser. Segue uma reflexão feita pela protagonista Clara:
"Eu estava infinitamente cansada de viver em meio a um círculo vicioso, coagida pelas voltas de uma roda-gigante que ao fim de cada giro fazia-me descer em uma existência vazia, mas ... não estaríamos todos nós destinados a andar neste brinquedo? Parecemos trazer por natureza uma parte oca no espírito. Alguns por possuírem uma personalidade mais ardente demoram a se dar conta, mas o que realmente nos diferencia é o modo como iremos cobrir este espaço em nosso interior e é preciso cobri-lo antes que a angústia faça isto por nós. Os vícios sempre surgem como um cimento tentador embriagando-nos em prazeres que, de imediato, nos dão a falsa sensação de liberdade. Tolos que somos não nos damos conta de quão efêmero é este efeito milagroso e logo estamos soltos novamente na realidade mais sedentos por alívio do que antes. Enganam-se, contudo, os que vêem na bebida, no fumo ou em qualquer outro tipo de droga os principais causadores de dependência. Sem dúvida são eles grandes vilões da sociedade, mas acabam sendo conseqüência do maior vício que acomete toda a raça humana: o outro. Somos viciados no outro, muitas vezes sublimamos nosso próprio eu para vivermos em função de alguém a quem juramos devotar amor quando estamos, na verdade, devotando morte, pois assim nos neutralizamos, nos apagamos como pessoas. Trazemos de nascença o preconceito de que só alcançaremos a felicidade se tivermos a plena aceitação de nossos semelhantes, se formos sempre correspondidos, amados e, ao primeiro sinal de rejeição, perdemos todo vontade de viver. Sofrer rejeição é acontecimento certo na vida de qualquer um, pois o outro tem suas peculiaridades e, muito raramente, atende nossas expectativas. Esta cultura de apego ao “tu” e não ao “eu”, é uma forma de tentarmos saciar este vazio. Acreditamos que, se houver alguém ao nosso lado na cadeira da roda-gigante, desceremos no paraíso ao fim de cada volta. É impossível viver sozinho, precisamos de amor, mas não podemos fazer de nossas relações algo doentio ou algum tipo de escada para salvação. Enquanto vivermos com esta idéia, o oco da alma continuará a nos sorver, pois a única areia capaz de cobri-lo é a aceitação de uma existência superior à nossa; superior e divina o suficiente para nos dar a chance de irmos a Ele por nossa própria vontade e não a partir de uma prisão psicológica como a causada pelos vícios."

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

MEU AMOR PERFEITO


Quem diria ou antes quem ousaria adivinhar que meu Amor Perfeito estava já e desde sempre tão perto?
Era impossível supor que não apenas também me procurasse como fazia eu a seu respeito, mas cuidava de criar caminhos que a Ele me levassem.
Dono de uma paciência que me é estranha, compreendeu que Dele eu me perdesse sem ao menos ter podido encontrar a mim a mesma. Perdoou igualmente a minha infidelidade, pois que cega a sua presença, desviei-me para amores de fácil acesso; deixei-me enganar por falsas juras de eternidade sem perceber que meu único Amor inesgotável estava já ganho e sempre fora meu.
Meu Amor Perfeito me reconheceu mesmo quando optei por usar máscaras, encenei outras vidas e fui tudo menos quem realmente sou. Tendo Ele andado por todo o mundo e conhecido a todos os tipos de pessoa, ainda assim jurou que sou única.
Esse Amor não me julgou por ter lutado por outros amores e sofrido as consequências de um mal-querer. Pelo contrário, socorreu-me em minhas moléstias com a promessa de que me seria leal em todas as horas, abraçou-me como Amigo e me aconselhou como Pai, pois agrega em si todas as definições de amor do mundo.
Agora me recordo que já nos conhecíamos, fomos companheiros de infância, rimos das brincadeiras da vida e choramos quando a mesma me ensinou a baixeza de alguns humanos. Em seus ombros fui recostar todo o meu cansaço do mundo e lhe segredei como dia-a-dia meus sonhos pueris se ruiam a cada amarga descoberta. Para me consolar, deu-me de presente outros sonhos para que possamos concretizá-los juntos.
Perfeito como é, compreendeu minha falta de jeito para criar planos em conjunto e me disse que, apesar de eu escrever textos na primeira pessoa, haverá sempre um segundo Sujeito para guiar minhas ações. Somos apenas um, embora jamais possa ser perfeita também.

Considere-me tola, mas em todas as suas promessas eu me fiei...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

DESABAFO DA ESCRITORA...


Hoje me coloco no lugar de um psicólogo. Está ali em seu consultório ouvindo o paciente, ajudando -lhe a encontrar respostas para os seus conflitos internos e, quando a sessão acaba, o psicólogo que também é humano às vezes não tem alguém para ouvi-lo. Estou bem longe de ser psicóloga (no final do ano vou me formar em Administração com Ênfase em Comércio Exterior, graças a Deus), mas meus amigos sempre me buscam para conversar, pedir conselhos, encontrar em mim algum tipo de ajuda que faço o máximo para oferecer. Hoje, no entanto, recorro a um diário virtual para extravasar e, enquanto faço isso, recrimino-me profundamente, pois tenho consciência do quanto é absurdo expor sentimentos para desconhecidos. As pessoas têm costume de dizer que meus textos são tristes e me perguntam se eles são o meu reflexo. Respondo-lhes que não são tristes, apenas buscam ser fiéis a realidade que não é tão bonita quanto desejamos que fosse. Disseram-me também por mais de uma vez que eu trato do assunto "amor" como se fosse uma questão matemática, baseada em estatísticas e normas de conduta. Amigos, eu sei que relacionamentos não são simples, porque o ser humano não é simples. Entendo que a razão não nos ajuda muito em assuntos do coração e que talvez seja inútil criar um blog com a intenção de ajudar as pessoas a encontrarem um pouco de alívio, pois, apesar de conhecermos as soluções para os nossos problemas, nem sempre somos capazes de adotá-las. Quando escrevo os posts penso em alguém específico que está passando por aquela situação, mesmo sabendo que provavalmente essa pessoa nem vai ler e, se ler, vai fingir que não se enxergou dentro das minhas palavras. Agirá como o passarinho da minha carta, né? (normal...) Se, por acaso, você sempre passa por aqui, lê, meus posts e gosta do blog, deixe comentários sempre que puder, assim saberei se está mesmo valendo a pena expor publicamente minha opinião. Volta e meia pergunto para Deus o que estou fazendo aqui na terra. Sabe aqueles dias em que tudo parece sem sentido?! Acredito que cada um de nós tem uma missão, além da vocação profissional e sentimental, mas existe algo que apenas nós poderemos fazer para melhorar um pouquinho o mundo. Não sei ao certo qual é a minha missão... No entanto, sempre que alguém diz que se emocionou lendo os meus textos e conseguiu se sentir melhor com eles, agradeço a Deus por esse dom e me sinto mais próxima de encontrar a razão de ter nascido tão Larissa quanto eu sou. Beijos e obrigada pela sua companhia.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

QUEM É O SEU PORTO-SEGURO?

Ele ou ela existe, eu sei que existe. Pode ser um amigo que você chama de irmão, mas de vez em nunca troca uns beijos; aquela ficante eventual que o nome está bem gravado na memória do celular como: "step" ou aquele ex-namorado de quem você recebe visitinhas surpresas... Tanto faz o gênero do rolo, a questão é, quando bate a carência naquelas épocas em que a fila não está andando, qual é a primeira pessoa de quem você se lembra? Então meu bem, essa carinha que surgiu aí na sua cabeça é a do chamado PORTO-SEGURO.
Poderia ser um contrato de ajuda mútua em que ambos se distraem juntos em falta de alguém melhor, mas sem compromissos, sem exigências e ACIMA DE TUDO sem sentimentos envolvidos para que não resulte em machucados. O problema caríssimo, é que o porto-seguro geralmente morre de amores por você e fica sempre esperando a próxima oportunidade de ficar do seu lado com a esperança de te conquistar definitivamente (doce ilusão!). Isso siginifica que alguém vai se sair muito machucado desse flashback e, dessa vez, você não vai ser o mocinho ou a mocinha da situação. (Sabe aquela comunidade "Se eu te amo assim a culpa é sua?").
Vou te contar uma histórinha dramática, porque eu AMO contar histórias, principalmente as dramáticas. Lúcia namorava um tal de FODÃO há uns seis meses (o cara faz parte daquele site eu me acho.com) e estava indo tudo aparentemente bem entre os dois até que o dito-cujo pede um tempo no namoro, dizendo que a ama muito, mas precisa de um tempo para pegar todas, quer dizer, para pensar sobre o que quer da vida. Lúcia sofre, porém tenta compreendê-lo e, enquanto FODÃO busca inspiração espiritual nas baladas e bebe suas lágrimas nos copos de vodka, minha amiga compreensiva o espera fielmente na escuridão do seu quarto. Volta e meia recebe ligações do ex, scraps, depoimentos e sms com declarações de amor o que a mantém presa à espera. Ai eu pergunto... FODÃO ama Lúcia? Ele alcançará a lucidez que só uma noite de cervejada no bar pode trazer? Respondam em coro NÃAAAAAO.
A Lúcia é o porto-seguro do ex. Ele sabe que, se não se arranjar com alguma piriguete por aí, vai ter um amor sincero o esperando. Amor esse que não o completa, pois, caso contrário, não haveria espaço dentro dele para se aventurar a perdê-la (estou errada?). Existem, contudo, momentos em que a tal da seca torna pessoas que normalmente não são egoístas (FODÃO não se enquadra aqui) a agirem egoisticamente, satisfazendo suas necessidades a custa de quem lhes quer de coração.
Se você não tem coragem de dar um basta em alguma espécie de relação semelhante a que descrevi e volta-e-meia vai desembarcar no seu porto-seguro, amigo, cuidado! Tenho certeza que você também já foi porto-seguro um dia ou ainda será. Imagine a sensação de ser usado, última opção, descartável. Ás vezes você até gosta da pessoa, mas não como ela quer que goste. Se é incapaz de satisfazer as expectativas que colocam sobre você, diga isso claramente. Não espere encontrar lucidez em um apaixonado, sempre vemos o que queremos ver e precisamos de alguém para colocar as cartas na mesa e nos mostrar qual é o verdadeiro jogo.
Não quero ser porto-seguro, quero que alguém conduza o barco junto comigo!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

NINGUÉM MORRE DE AMOR!


O comentário do amigo Marcelo sobre o texto anterior me fez sentir na obrigação de escrever um post relacionado a este tema, principalmente, porque, por coincidência, estive falando sobre isso com algumas amigas esta semana e chegamos a uma feliz conclusão: de fato NINGUÉM MORRE DE AMOR (ufa, graças a Deus)! BUT, sempre existe um but, há uma questãozinha... É possível morrer por falta daquele amor do qual eu tanto falo neste blog, o amor-próprio. Ah! Vale a pena lembrar que às vezes não morremos fisicamente, mas morremos emocionalmente. Boys and girls, vocês já gostaram tanto, tanto de alguém que aquela pessoinha se tornou a razão da sua existência?! Uma espécie de amor tão cego que nos afasta dos amigos, da família e de todo o planeta terra, pois o nosso mundo se restringe a um único ser? No começo isso pode parecer romantiquérrimo (é a fase da bolha, um dia explico o que é isso), porém, com o tempo, vira doença. Antes de nos ligarmos a alguém, precisamos primeiro aprender a conviver com a nossa individualidade. Vejo pessoas que pulam de um relacionamento para o outro por não gostarem da suposta solidão e se considerarem ultra carentes, mas, pôxa será que o seu eu, aquela partezinha que depende inteiramente de você, também não está sofrendo de carência e precisando da sua companhia? Parece falta de modéstia, mas gosto de dizer: Quando estou SÓ comigo, estou com TANTA gente. Isso não é por eu ter um ego inflado, muito pelo contrário, vivo recarregando minha auto-estima, porque tem dias em que ela chega no chão, por outro lado, adoooro minha companhia. Eu e mim assistimos tv juntas, conversamos, cantamos, rimos e convivemos com outras pessoas. Quando Deus colocar no meu caminho aquele homem que, apesar de imperfeito, conseguirá se acomodar perfeitamente a minha vida, espero estar pronta para aceitar a individualidade dele, visto reconhecer a importância da minha própria individualidade. Neste momento terei preenchido os espaços que só meu amor-próprio pode preencher e deixarei que o dito cujo ocupe a parte que está destinada a ele e não mais do que isso. Não quero um amor-necessidade, não quero alguém para dar sentido para minha vida. Por favor, também não queira isso! Relacionamentos inter-pessoais podem acabar, já o INTRA-PESSOAL fica para sempre. Se o seu namoro, rolo ou casamento acabar, Deus te apoiará, seus amigos e família também, entretanto, além deles, é necessário que apoie a si mesmo. OUTROS BRAÇOS TE ACOLHEM, MAS SÓ SUAS PERNAS TE SUSTENTAM! Pensa nisso... É um pedido. Se você for cabeça dura, é uma ordem. Obs.: Meus amigos ou conhecidos curiosos que passarem aqui para ver o que significa esse blog, deixem um comentário anônimo caso estiverem com vergonha. Vou ficar feliz de saber que você passou aqui.